quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dois bráulios?

Esta está no livro "Deixa que eu chuto 2", de Renato Maurício Prado:

"FILOSOFIA

Reflexão filosófica-existencial de Renato Gaúcho, colhida pelo repórter Márcio Tavares, num depoimento emocionado em que o craque (hoje em dia, técnico) agradecia a Deus ter recebido muito mais do que pedira em toda a vida. Apesar disso, Renato tinha uma pequena queixa:
- Deus me deu duas orelhas, dois olhos, dois braços, duas mãos, duas pernas e dois pés. Mas o "bráulio" é um só... Não é um desperdício???"

terça-feira, 10 de junho de 2014

Winston e Arrudinha! Melhores que Neymar e Ronaldinho?

Mais uma História do Futebol Amador de Campos, contada pelo amigo escritor Marcos Cabral Firmino: "Winston e Arrudinha foram melhores que Neymar e Ronaldinho Na década de 90, eu me aventurei no querido time da rua do gás. A rivalidade entre Goytacaz e Americano era visível entre a garotada do juvenil. No time do Americano havia um ponta direita de nome Arrudinha, hoje funcionário do Sesc. Arrudinha era... ligeiro, pegava a bola no setor defensivo e levava até o gol do adversário. Pará-lo era missão impossível. Na época o treinador do Goytão era Amadeu e ele só tinha uma preocupação: Arrudinha. Pelo lado do Goytacaz, não menos ligeiro do que Arrudinha havia o Winston. Ponta direita nato, Winston arrasava os adversários. Pará-lo só mesmo na pancada. Winston mandava fazer fila. Mas a época era de boa safra. Chegar aos profissionais era como ganhar na loteria. De famílias pobres, ambos tiveram que desistir de seus sonhos, pois precisavam ajudar na renda da família. Winston e Arrudinha eram melhores do que Ronaldinho e Neymar. Só não tiveram a mesma sorte."

Fred calça arriada

Quem nunca ouviu falar em Fred? Não estou me referindo ao atacante do Fluminense e da Seleção Brasileira, estou reportando ao Fred, aquele que vive no centro da cidade de Campois dos Goytacazes-RJ vendendo bugigangas, entres as quais relógio. A história de Fred se confunde com a de muitos brasileiros. Nascido de família humilde, sua mãe servente na Escola Estadual Visconde do Rio Branco, situada no bairro da Lapa. O pai de Fred, talvez ele não tenha conhecido, pois durante sua infância, quando chegava o Dia dos Pais, Fred não tinha a quem abraçar. Nos campinhos de várzea da querida Lapa, Fred se destacava pela habilidade de fazer gols, era um artilheiro nato. Desde a infância Fred demonstrou um pouco da falta de juízo. Entre os vários clube amadores em que jogou,Fred foi destaque no Flamenguinho e Fluminense, ambos da Lapa. Na década de 90, todos que viam o Fred jogar diziam: “Esse menino tem futuro”! Ele era hilário nas suas comemorações quando fazia seus belos gols. Um dos fatos inenarráveis de suas comemorações, foi quando em uma final disputada entre Matadouro e Fluminense, Fred fez o gol do título, uma explosão de alegria tomou conta do Fred, tamanha foi sua alegria. Fred fez o que havia prometido para mim: "Se eu fizer um gol, vou tirar as calças". E assim foi feito. Valeu o gol, valeu a expulsão, valeu o título! Após esse episódio, Fred ganhou fama e, enfim, chegou aos profissionais do Goytacaz! Na época o presidente do clube da rua do Gás era Armando Zanata, que conhecia o Fred, pois era morador da Lapa e também disputava os campeonatos de bairros. Fred arrebentou no Goytacaz, porém mal orientado, sem estrutura emocional, Fred perdeu para as drogas. Aquela promessa que talvez pudesse repetir os feitos de Amarildo, Edevaldo, foi parar dentro de uma favela. Quantos Freds existem no país a fora? Quantos meninos têm o mesmo sonho do Fred? O Fred não brilhou como Romário, mas nos fez felizes prá caramba! Valeu Fred! (Colaboração de Antonio Marcos Cabral Firmino)

Josimar, tiro bisonho e gol!

Década de 80. O Botafogo vem jogar com o Goytacaz em Campos, na época em que o alvianil ainda disputava a 1ª divisão. A TV Norte Fluminense, então afiliada à Rede Globo, tinha um programa noturno em que exibia os gols da rodada. O locutor era Nilson Maria, a melhor voz de Campos! O programa era gravado, mas não teve como ser editada a pérola de Nilson Maria. Josimar, lateral direito do Botafogo e da Seleção Brasileira, dá um chutaço do meio da rua. Nilson Maria narra: "Josimar, tiro bisonho, para fora, tiro de meta. Ih! Entrou! É gol! Goooooooooool!" Anos depois, ele se explica: "A bola subiu, achei que tinha ido para fora. Mas entrou, foi gol. Dei um vacilo, que marcou. Até hoje as pessoas lembram desta história!" É, realmente, Nilson Maria, não era bom duvidar de Josimar. Que o diga Telê Santana.