sábado, 1 de novembro de 2014

Duas pérolas da imprensa

O programa Bem Estar, da TV Globo, abordava o tema coração. E o apresentador Fernando Rocha, que já havia sido repórter de campo de futebol, comentou que estava no jogo em que o zagueiro Serginho, do São Caetano, faleceu, vítima de parada cardiorespiratória. E foi aí que Fernando Rocha cometeu uma grande gafe, ao dizer que em 2014 "comemorava-se" 10 anos da morte do jogador. Comemorar morte, meu caro? Entendemos o lapso. Está perdoado. *** Outro erro da imprensa ocorreu no jogo Coritiba 2 x 0 Botafogo no dia 22 de outubro de 2014 pelo Brasileirão, quando o narrador do Premiére Futebol Clube (PFC) anunciou uma substituição no time paranaense: "Sai Martinuccio, entra Martinuccio", anunciou o narrador, que continuou: "Taí o Martinuccio". É comum se trocar quem entra por quem sai. Mas o mesmo jogador que saiu, entrar, é nova. O Martinuccio realmente entrou. Só não lembro quem saiu.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Santo de Bagre não faz milagre

O programa Bate Bola, da ESPN, tem um quadro chamado Vestiário em que jogadores e ex-jogadores contam alguma história relacionada à bastidores de vestiário. O convidado do programa nesta quinta-feira (16), dia do jogo decisivo entre Botafogo e Santos pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, foi o ex-atacante campeão brasileiro de 95 pelo Botafogo, Donizetti "Pantera Negra"!


Na oportunidade, Donizetti, com extremo senso de bom humor, contou uma história do ex-lateral esquerdo Misso, que era devoto de São Jorge. Donizetti contou que o Botafogo tinha um jogo decisivo contra o Palmeiras em que precisava ganhar e Misso, antes da partida no vestiário, rezou muito para São Jorge. Inclusive, contou Donizetti, que Misso carregava duas bolsas, uma de material esportivo e outra com uma grande imagem de São Jorge e várias velas.


Donizetti, que era o capitão do time, gostava de ficar por último e ser o último a entrar em campo. Foi aí que ouviu Misso pedindo a São Jorge para ele - Misso - fazer uma boa partida. Início de jogo e gol do Palmeiras nas costas de Misso. O jogo continua e mais um gol do Palmeiras em cima do Misso. Fim de 1º tempo. O técnico era Joel Santana, que manda Misso "descansar". Misso recorre novamente a São Jorge, desta vez para reclamar: "Poxa São Jorge, você não me ajudou, desceu do cavalo e ficou nas minhas costas"!


Misso acabou sendo contratado pelo próprio Palmeiras, para onde também foram Donizetti e o meia Pedrinho. Donizetti contou que no Palmeiras, Misso também não jogou nada e a torcida chegou a fazer um caixãozinho para ele. Donizetti disse que falou para Misso discretamente se incluindo para não ofender: "Desiste meu amigo. Nós já estamos velhos e não estamos jogando mais nada".

sábado, 11 de outubro de 2014

Banguzinho, de Mombaça

Você sabia que o município de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que revelou os campeões mundiais Didi e Amarildo e tem clubes tradicionais como Americano e Goytacaz, também tem o seu Bangu? Sim, trata-se do Banguzinho de Mombaça, localidade situada próxima a Santa Cruz. O Banguzinho de Monbaça foi fundado na década de 80, época áurea do clube carioca, que chegou a ser vice-campeão brasileiro. Entre os fundadores estava Amaro “Furacão”, ponta direita que fazia o maior estardalhaço em campo.

2 jogos invictos

Um narrador do Premiére Futebol Clube (PFC), que não sei o nome, cometeu uma série de equívocos na transmissão de Palmeiras e Grêmio pela 28ª rodada do Brasileirão 2014 no sábado, dia 11 de outubro. No intervalo da partida, ao narrar o gol da vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o Corinthians, confundiu o nome do jogador que fez o cruzamento, que resultou no pênalti, convertido por Wallyson. Ao invés de Gabriel, falou Gilberto, lateral ex-Botafogo, que está no Inter. Normal. Em outro momento, inverteu o nome dos times, Palmeiras e Grêmio, na transmissão, ao ser assinalada uma falta para determinado time. Mas a pérola mesmo foi quando ele afirmou que o Grêmio estava quebrando uma invencibilidade de dois jogos do Palmeiras. Invencibilidade de dois jogos? Hehe! Só pode ser piada.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A “Genra” de Chico Preto

Paulo Roberto, maior artilheiro do Americano, é quem nos conta o causo. Cabeção, como era chamado, havia saído da concentração no Palace Hotel para assistir ao parto da esposa. Voltou a tempo do jogo, que seria à noite contra o Rio Branco na final do Campista de 72. Ao chegar em frente ao hotel, viu os jogadores na beira do rio e gritou: “Nasceu! Nasceu! É menina!”. Chico Preto, atacante que fez história no futebol campista, não perdeu tempo e retrucou: “Vai ser minha genra!”. Todo mundo caiu na gargalhada e Paulo Roberto disse: “Não é genra, é nora, seu burro”! O Americano venceria o Rio Branco nos pênaltis. Detalhe: Naquela época, um só jogador batia três pênaltis. E coube a Paulo Roberto cobrar as três penalidades que garantiram mais um título para o Alvinegro, o sexto consecutivo, dos nove que seriam conquistados até 75.

Bem mandado

O preparador de goleiros do Goytacaz, Joelson, conhecido como “Mamão”, que levou os dois gols de Túlio em Campos, contou que quando fez o pênalti que resultou no 995º gol do artilheiro, o árbitro que teria sido escolhido pelo próprio Botafogo, disse para ele: “Muito bem. Está fazendo o seu serviço direitinho”!

Português revoltado

Ronaldo Soares Bastos, que foi supervisor do Botafogo no início da década de 1980, nos conta que um português, motorista antigo do clube, naquela época de seca de títulos, certa vez não aguentou e comparou. “Eu que já transportei Garrincha, Didi e Nilton Santos, agora tenho de levar Peri da Pituba, Edson, etc, ...”!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Katú, o goleiro que renasceu das cinzas!

Esta é a história de Katú.

Negro, morador de favela, Katú brilhou no Rio Branco.

Katú não tinha uma alta estatura, era baixo, porém sua força - pois era bem forte - fazia dele, debaixo dos três paus, um gigante.

Lembro-me que na década de 80, Katú já estava se aposentando do gramado.

O clube que ele defendia era o Esportivo Rio Branco, antigamente situado na Rua 7, hoje fixado em Guarus.

Katú era do estilo corajoso, se jogava em todas as bolas.

Foi considerado um dos melhores goleiros de Campos em todos os tempos.

Como na maioria das vezes, Katú não conseguiu ir muito além, pois a bebida, sua companheira, frustrou seu sonho.

Após se despedir do gramado, Katú fez da bebida seu refúgio.

Era comum ver Katú embriagado pelas ruas do bairro da  Lapa.

Certo dia, Katú bebera muito. O comerciante, senhor Ronaldo, à época era proprietário de um bar na rua Miguel Herédia, já estava irritado com Katú.

O mesmo pediu para que  o ex-atleta e ex-ídolo do róseo negro se retirasse de seu estabelecimento.

Vendo que o  mesmo não atendia a seu apelo, o comerciante, de forma criminosa, despejou álcool no coro de Katú. A cena era horrível.

Socorrido por populares, Katú ficou entre a vida e a morte no Hospital Ferreira Machado.

Não sei quanto tempo ele permaneceu internado. Aquele negro de sorriso espontâneo, que tinha tudo para brilhar no futebol, deu lugar a um homem desconfigurado e marcado por uma brutalidade.

Tempos depois, como forma de apagar seu erro, esse mesmo comerciante, Sr. Ronaldo, fechou o bar e abriu uma quitandinha, chamando Katú para ser seu funcionário.

Depois desse episódio, Katú nunca mais bebeu. Morreu de morte natural, sozinho.

Hoje, o comerciante se encontra em cadeira de rodas.

Katú não só levou consigo um belo futebol, como também a vontade de viver.

(Colaboração de Antonio Marcos Cabral Firmino)

terça-feira, 1 de julho de 2014

Pérolas do artilheiro Check, uma lenda do futebol!

As duas pérolas abaixo foram coletadas da página Check, uma lenda do futebol no Face!

1

Check foi fotografar a obra do campo no Lagamar na praia do Farol, já que o campo na beira mar foi proibido por questões ambientais.

Já saudosista, Check, que havia marcado muitos gols no tradicional campinho “banhado” pela brisa do mar, critica a obra do nov
o campo.

- Larga isto. Campo ruim. Todo compactuado!

Rs!

Ele queria dizer compactado.


2

O cinegrafista Mauro Macaquinho, que adora contar história, é quem conta esta. Ele foi fazer uma reportagem com Check em Conceição do Imbé, região de Morangaba, onde Check fez até chover jogando pelo Vasquinho da Fazenda da Penha, de Lagoa de Cima.

Chega um ceguinho e ouvindo a voz de Check, que como se sabe fala pouco, cumprimenta o artilheiro e diz:

- Já vi muito gol de Check!

E Mauro Macaquinho dispara:

- Então Check não fez gol nenhum. Você é cego!


KKKKK!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dois bráulios?

Esta está no livro "Deixa que eu chuto 2", de Renato Maurício Prado:

"FILOSOFIA

Reflexão filosófica-existencial de Renato Gaúcho, colhida pelo repórter Márcio Tavares, num depoimento emocionado em que o craque (hoje em dia, técnico) agradecia a Deus ter recebido muito mais do que pedira em toda a vida. Apesar disso, Renato tinha uma pequena queixa:
- Deus me deu duas orelhas, dois olhos, dois braços, duas mãos, duas pernas e dois pés. Mas o "bráulio" é um só... Não é um desperdício???"

terça-feira, 10 de junho de 2014

Winston e Arrudinha! Melhores que Neymar e Ronaldinho?

Mais uma História do Futebol Amador de Campos, contada pelo amigo escritor Marcos Cabral Firmino: "Winston e Arrudinha foram melhores que Neymar e Ronaldinho Na década de 90, eu me aventurei no querido time da rua do gás. A rivalidade entre Goytacaz e Americano era visível entre a garotada do juvenil. No time do Americano havia um ponta direita de nome Arrudinha, hoje funcionário do Sesc. Arrudinha era... ligeiro, pegava a bola no setor defensivo e levava até o gol do adversário. Pará-lo era missão impossível. Na época o treinador do Goytão era Amadeu e ele só tinha uma preocupação: Arrudinha. Pelo lado do Goytacaz, não menos ligeiro do que Arrudinha havia o Winston. Ponta direita nato, Winston arrasava os adversários. Pará-lo só mesmo na pancada. Winston mandava fazer fila. Mas a época era de boa safra. Chegar aos profissionais era como ganhar na loteria. De famílias pobres, ambos tiveram que desistir de seus sonhos, pois precisavam ajudar na renda da família. Winston e Arrudinha eram melhores do que Ronaldinho e Neymar. Só não tiveram a mesma sorte."

Fred calça arriada

Quem nunca ouviu falar em Fred? Não estou me referindo ao atacante do Fluminense e da Seleção Brasileira, estou reportando ao Fred, aquele que vive no centro da cidade de Campois dos Goytacazes-RJ vendendo bugigangas, entres as quais relógio. A história de Fred se confunde com a de muitos brasileiros. Nascido de família humilde, sua mãe servente na Escola Estadual Visconde do Rio Branco, situada no bairro da Lapa. O pai de Fred, talvez ele não tenha conhecido, pois durante sua infância, quando chegava o Dia dos Pais, Fred não tinha a quem abraçar. Nos campinhos de várzea da querida Lapa, Fred se destacava pela habilidade de fazer gols, era um artilheiro nato. Desde a infância Fred demonstrou um pouco da falta de juízo. Entre os vários clube amadores em que jogou,Fred foi destaque no Flamenguinho e Fluminense, ambos da Lapa. Na década de 90, todos que viam o Fred jogar diziam: “Esse menino tem futuro”! Ele era hilário nas suas comemorações quando fazia seus belos gols. Um dos fatos inenarráveis de suas comemorações, foi quando em uma final disputada entre Matadouro e Fluminense, Fred fez o gol do título, uma explosão de alegria tomou conta do Fred, tamanha foi sua alegria. Fred fez o que havia prometido para mim: "Se eu fizer um gol, vou tirar as calças". E assim foi feito. Valeu o gol, valeu a expulsão, valeu o título! Após esse episódio, Fred ganhou fama e, enfim, chegou aos profissionais do Goytacaz! Na época o presidente do clube da rua do Gás era Armando Zanata, que conhecia o Fred, pois era morador da Lapa e também disputava os campeonatos de bairros. Fred arrebentou no Goytacaz, porém mal orientado, sem estrutura emocional, Fred perdeu para as drogas. Aquela promessa que talvez pudesse repetir os feitos de Amarildo, Edevaldo, foi parar dentro de uma favela. Quantos Freds existem no país a fora? Quantos meninos têm o mesmo sonho do Fred? O Fred não brilhou como Romário, mas nos fez felizes prá caramba! Valeu Fred! (Colaboração de Antonio Marcos Cabral Firmino)

Josimar, tiro bisonho e gol!

Década de 80. O Botafogo vem jogar com o Goytacaz em Campos, na época em que o alvianil ainda disputava a 1ª divisão. A TV Norte Fluminense, então afiliada à Rede Globo, tinha um programa noturno em que exibia os gols da rodada. O locutor era Nilson Maria, a melhor voz de Campos! O programa era gravado, mas não teve como ser editada a pérola de Nilson Maria. Josimar, lateral direito do Botafogo e da Seleção Brasileira, dá um chutaço do meio da rua. Nilson Maria narra: "Josimar, tiro bisonho, para fora, tiro de meta. Ih! Entrou! É gol! Goooooooooool!" Anos depois, ele se explica: "A bola subiu, achei que tinha ido para fora. Mas entrou, foi gol. Dei um vacilo, que marcou. Até hoje as pessoas lembram desta história!" É, realmente, Nilson Maria, não era bom duvidar de Josimar. Que o diga Telê Santana.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Trocando as bolas

O presidente recém eleito do Americano, por aclamação em chapa única na última segunda-feira, cometeu uma gafe - e daquelas - pior não poderia ser. Ao falar do amor ao clube, Luciano Viana usou o termo sangue "alvianil", ao invés de alvinegro. Para quem não é de Campos, vale informar que o arquirival do Americano é o Goytacaz, que tem justamente as cores azul e branca. Os dois fazem um dos clássicos de maior rivalidade do Brasil. Luciano VIana jogou no Goytacaz. Pegou e começou mal heim! Veja no vídeo abaixo:

sábado, 3 de maio de 2014

Espírito de Série B

Esta quem contou meu pai, um rato de futebol, que vê muitos jogos. O Vasco perdeu para o Luverdense por 2 a 1 e o repórter perguntou ao volante do Vasco, Felipe Bastos, o que estava faltando para o Vasco, que ainda não tinha conseguido uma vitória na Série B do Brasileirão. No que Felipe Bastos respondeu: "Tá faltando espírito de Série B. O time tem de ter cara de Série B", afirmou Felipe Bastos, para desespero dos cruzmaltinos!

Esta história me lembrou outra sobre o Goytacaz, registrada aqui.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Zé da Ilha, maior goleiro da história do Goytacaz: "Só acredito quando a bola estiver dentro do gol"

Este causo quem conta é Seu Amaro, que pagava o bicho do Goytacaz. O alvianil recebeu o Atlético Mineiro e precisava do empate para classificar. Jogo 0 a 0. O juiz Fiuza marca pênalti para o Galo aos 43 minutos do segundo tempo. Frustração geral no estádio. No gol do Goyta, Zé da Ilha, que diz que só acredita na derrota e desclassificação quando a bola estiver dentro do gol. Ele dá todo um canto para o jogador alvinegro, que bate naquele canto. Zé da Ilha se move para o lado e pula para defender a cobrança. Fim de partida e o time da rua do gás se classifica. Por esta e outras que Zé da Ilha é considerado o maior goleiro da história do Goytacaz.